quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Anatomia do Suicídio

Anatomia= Estudo das partes constituintes de um determinado objeto ou tema.

Suicídio= Ato de autoinfligir-se a morte.


Na abordagem da Anatomia do Suicídio, verificamos tratar-se de um problema de saúde pública, com índices crescentes em países como o México e o Brasil. Estima-se que uma pessoa dá fim a própria vida a cada 40 segundos, totalizando 1 milhão de vidas anualmente no mundo.

Existem dois picos etários nos quais a incidência aumenta: entre os 15 e 24 anos, a adolescência e vida adulta jovem, e acima dos 70 anos, na terceira idade. Na faixa etária mais jovem há uma predominância da impulsividade, enquanto que na faixa etária mais tardia, o planejamento. Isso representa mais tentativas e menos óbitos na faixa etária mais jovem e menos tentativas e mais óbitos na terceira idade. Além disso, os meios utilizados são mais letais na terceira idade, principalmente o enforcamento e o uso de arma de fogo.

O suicídio é o um ato extremo que atinge diretamente , no mínimo, seis pessoas, deixando sequelas indeléveis e irreversíveis. Os principais sentimentos provocados são a vergonha e a culpa.

Em 90 % dos casos investigados podem ser encontrados sinais e sintomas de algum transtorno mental, entre eles o transtorno depressivo, o transtorno afetivo bipolar(TAB), a esquizofrenia, os transtornos de ansiedade, com ataques de pânico, o abuso e dependência de álcool e outras drogas e transtornos na personalidade.

A tentativa de encontrar explicações exatas para o esclarecimento do ato suicida é inalcançável, pois as hipóteses aventadas não podem ser confirmadas prospectivamente. A avaliação é sempre individualizada e retrospectiva, através de mais indícios do que provas.

Os motivos que levam ao intento suicida incluem: desejos de reencontro com entes falecidos, busca de alívio para sofrimentos físicos e mentais, fuga de problemas financeiros, dificuldade de recorrer à ajuda psiquiátrica para tratamento de doenças mentais, capacidade comprometida de enfrentar perdas e estressores ambientais, entre outros.

A prevenção absoluta do suicídio é impossível. Os recursos terapêuticos até o momento são o uso de medicamentos e psicoterapia para diminuir o risco e até fazer cessar o impulso iminente. Além dos fatores mentais e ambientais, há evidências de influências genéticas que interferem na regulação de neurotransmissores- serotonina e dopamina- essenciais para o humor e o pensamento.

Cabe aos médicos, familiares e amigos desenvolverem a percepção em detectar sinais indiretos da intenção suicida, pois esses pacientes sinalizam a vontade , em média, 1 mês antes do desfecho.





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